Não tem jeito. Para quem não é veggie, adepto da comida verdinha, grãozinho, etceterazinha, o peru vira o foco dos americanos, no Thanksgiving day, Dia de Ações de Graças, e dos brasileiros, no natal e ano novo. Haja. Sem fugas peremptóricas, até Obama tinha que fazer o discurso presidencial no dia dele. O bicho já chegava assustado, mas não tinha como escapar. Ia pra faca, paneleira, forno. Parecia Harry Potter com sua vareta magica. Quem instituiu o peru e o chester como aves natalinas, de virada de ano? Não se sabe ao certo. Mas a coisa se repete todo ano, todo ano, todo ano, como edição de Big Brother que nunca acaba, como arroz que não insiste em virar risoto, e gente achando se dar bem tentando fazer panicolatas. No forno, era a ave grande. Ave, Roma! E ele podia gritar, mas era assado. A coisa meio pedante vem do mesmo molho, a mesma batata assada, e quem quer dizer que inventou, enfiando uns matinhos de alecrim como tempero. Vai todo mundo no supermercado, e compra a mesma coisa. Do Neymar à dona da confeitaria, à empresária de moda. Ninguém compra picanha. A vida vira uma maria-vai-com-as-outras. Ninguém precisa ser dono do Dom para inventar alguma coisa que mude as sinaladas natalinas. Peru comodista. Vira ritual. Só. Calorias? É ave. Voa. Gasta mais? A carne é branca, mais leve. Nem precisa de água morna e detox de manhã. A menos que a torta ou pavê da tia tenha engordado. Aí, corra para o peru tofu. Aí, sim, difere. The turkey is the favorite option for brazilians for the same thing as celebrations of christmas and new years repeat over and over again. Nobody thins in nothing else new. Nobody must be Jamie Oliver to change something. Or veggie to choose cruel tofu. Argh. Same-o, same-o. No barbecue, or paella? Neymar or Gisele, would you try? (I Queen Magazine)
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