Ele é o considerado terceiro maior jogador do mundo em 2017, segundo premiação, cotado dentre custo-benefício como o mais valioso em retorno de jogo e em campo, bem como fora dele, gosta de exibir relógios de design de marcas estrangeiras, pula em piscinas caprichadas com a irmã, e é cobrado mais do que qualquer outro futebolista do mundo. É bem mais fácil jornalista homem, de esporte, que não corre nem um décimo do campo, criticar a atuação sem fazer esforço. Debaixo de cobrança, transmissão de tv, festas, e dar de cara com leões outros famintos, não dá para ficar alheio. E Neymar sente na pele. O olho gordo de colegas de corrida atrás da bola, da bolada, e os adversários ferrenhos, geram um stress no campo que, unido aos outros fatores, explodem em tapas na cabeça, rasteiras, e não é dança de cadeiras de desfiles. Se gente de moda que se diz editora elegante arreganha as unhas para mostrar algum poder de arranhado, mas só faz isso online, acobertada por um não-chique canal de tv incendiário (porque aí, a elegância desabou, e nem conversa de rímel e Schutz aguenta), deslizar em campo é perdoável. Mas se emocionar com o técnico defendendo as condições em campo, tipo chuva torrencial fácil de falar para quem está em casa, comendo petit gateau, debaixo do blanquet, easy. Neymar se submete a cobranças, festas, desabafos, quietudes, leões, rugidos no campo, óbvio. É fácil ganhar 3.000 ovos caipira, e correr de pseudo-Ferrari. Mas disparar na frente, e não glorificar o demo, é mais difícil. Especialmente quando a redireção é de time espanhol para o legado francês, e muito neguim está roçando em time brasileiro, sem dar caldo. É tipo secar as águas com secador e propaganda de shampoo seco, e, depois, se fazer de renegado, e comer aipim de sertão. Fica na seca, se furou o tanque.
Neymar é valioso no contrato, porque o fusca buzinou de outra maneira. Ele faz tudo que pode. A mão deve ter escapado para tirar a mosca que rondava no campo do time adversário, da cabeça do colega. Acontece. Goleou de primeira contra o Japão, dias atrás, e não precisou da dieta do sushi. Só da pipoca, de chorar com Tite, que não é Dunga. Falou tudo. Vai que é tua, Neymar-leão! (Berlin at 9)
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